Cargas Life Science & Healthcare: o que são e quais os desafios logísticos?
Com o advento da pandemia de coronavírus ficou mais do que evidente qual é a importância da logística de cargas Life Science & Healthcare. Primeiramente, pela velocidade em que se precisou transportar insumos e medicamentos, e segundo pela necessidade de controle de temperatura das vacinas em uma faixa específica.
Entregar uma vacina que é produzida no sul da China em perfeito estado de conservação para alguém que vá tomá-la no interior da Bahia é um “pequeno” exemplo do desafio logístico envolvido na operação de cargas do mercado de saúde, no qual se incluem os medicamentos.
São diversos os desafios e este texto abordará cada um deles!
O que são cargas Life Science & Healthcare?
Toda carga que é utilizada para tornar a vida das pessoas melhor é considerada uma carga Life Science & Healthcare.
Muitas vezes elas são urgentes e precisam de atenção quanto ao controle ou monitoramento de suas condições físicas de conservação.
Diferentemente do que se pensa, o maior volume de cargas para a saúde é importado – e exportado – no modal marítimo.
Os modais aéreo e rodoviário vêm em seguida com menos da metade do volume que é movimentado pelos mares.
Life Science & Healthcare: Exemplos de produtos
Desde a dipirona sódica até a vacina para Covid-19, ou desde um implante ósseo de joelho até o material que será utilizado em sua cirurgia, a carga Life Science & Healthcare é a segunda mais transportada do mundo pelo modal aéreo, seguido de auto partes.
São exemplos de cargas Life Science & Healthcare:
- medicamentos de todos os tipos;
- produtos para a saúde (preservativos, lentes de contato, seringas, agulhas etc.);
- pesquisa clínica;
- kits de diagnósticos;
- dermocosméticos.
Quais os desafios na logística de cargas Life Science & Healthcare?
São diversos os desafios na logística de cargas Life Science & Healthcare.
A começar pela urgência! Afinal, é possível que a logística esteja sendo feita para salvar uma vida em específico. Além de uma série de controles necessários para se manter a integridade do produto e, entre eles, certamente a necessidade de se manter certa temperatura é o mais crítico.
Outro desafio direto é o custo, pois quando se precisa de qualquer cuidado além do comum, o transporte costuma ter seu custo elevado, seja por ele em si ou em razão da necessidade de mais pontos de medição e procedimentos de qualidade específicos ou direcionados.
Além disso, ainda existe o risco de roubos, já que as cargas costumam ter um alto valor agregado e são deveras visadas pelo crime organizado. Seu índice de sinistralidade é alto e em alguns locais do país precisam ser escoltadas durante todo o tempo, com o objetivo de tentar reduzir a quantidade de roubos e a comercialização ilegal de produtos.
Anuência com ANVISA
Toda e qualquer carga para consumo humano precisa ter controle da vigilância sanitária, tanto no Brasil, como no mundo. A agência regulatória brasileira é a ANVISA, organismo criado com o objetivo de reunir e padronizar todas as regras para fabricação, importação, comercialização, armazenagem, transporte e distribuição de produtos de cargas Life Science & Healthcare.
Considerando isso, ainda que se acredite que a ANVISA é uma agência burocrática e que atrasa a importação de produtos, o objetivo da agência é proteger o importador contra riscos aos seus pacientes.
Quase na sua totalidade, cargas importadas para o Brasil precisam de anuência pré ou pós-embarque da ANVISA.
O tempo de liberação varia de acordo com o procedimento a ser cumprido pelo solicitante, que está diretamente ligado ao tipo de produto a ser transportado, já que uma carga de luvas de borracha, por exemplo, envolve uma criticidade diferente de uma vacina, que é um produto biológico.
Controle de temperatura e umidade no transporte e armazenamento
Existem quatro fatores físicos que devem ser controlados para que os produtos das cargas Life Science & Healthcare tenham sua eficácia mantida – e sua validade estendida ao máximo: temperatura, umidade, exposição à luz e exposição ao coque.
Temperatura: é o mais sensível, já que alguns produtos, principalmente os medicamentos e suas matérias primas, podem perder a eficácia se atingirem certa temperatura. Isso acontece porque, em alguns casos, os medicamentos são compostos por partículas que no calor se quebram e não são mais capazes de se juntarem, por exemplo.
Umidade: produtos expostos à umidade podem deteriorar, assim como podem também deixar de oferecer eficácia ao paciente. Isso acontece porque a umidade traz consigo problemas como fungos e outros parasitas, além de comprometer a fórmula química do medicamento.
Luz: os produtos sensíveis à luz podem ter seu envelhecimento acelerado, assim como são passíveis de deterioração.
Coque: alguns produtos não podem ter seu conteúdo agitado, pois este movimento provoca a aceleração das partículas e efeitos secundários.
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