4 sinais de que você precisa atualizar seu software de setor portuário

Você sabe como é classificada e subdividida uma carga perigosa no território brasileiro? Sabe quais cuidados devem ser tomados ao fazer o seu transporte?

Esse é um tema que comumente traz muitas dúvidas aos profissionais de comércio exterior, pois se trata de um tema delicado e que pode trazer consequências seríssimas.

Por isso, viemos esclarecer algumas questões sobre isso neste texto.

Iremos abordar o que é uma carga perigosa, como saber se ela pode ser classificada dessa forma e quais são seus grupos e subcategorias.

 

O que é uma Carga Perigosa?

Primeiramente, antes de vermos quais são as classes de carga perigosa, é importante entender o que ela é.

Cargas perigosas são todas que, por serem explosivas, corrosivas, inflamáveis ou radioativas, possam apresentar riscos aos trabalhadores, às instalações e ao meio ambiente em geral.

Sendo assim, toda carga que coloque em risco a saúde e a segurança da população ou do meio ambiente é perigosa.

 

Como identificar uma Carga Perigosa?

O meio mais assertivo de identificar se uma carga é perigosa ou não certamente é por meio de um documento que ela carrega, emitido pelo fabricante.

Se o fabricante da mercadoria for estrangeiro, essa informação será encontrada no MSDS (Material Safety Data Sheet), bem como no documento no qual constam todas as informações sobre a carga.

Contudo, no Brasil, o documento utilizado é a FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos). Essa ficha é similar ao MSDS, mas é escrita em português.

Assim, em ambos os documentos, no campo 14 você encontrará a “informação de transporte”, o local que explica as necessidades que a carga possui.

Neste campo, pode conter um UN number (número ONU). Se trata do código de classificação internacional da Organização das Nações Unidas para carga perigosa.

Sendo assim, se no MSDS ou na FISPQ contiver o UN number, você lidará com uma carga perigosa.

 

Quais são as classes de Carga Perigosa?

Agora já sabemos o que é uma carga perigosa e como descobrir se uma determinada mercadoria se encaixa nessa categoria. Em seguida veremos quais são as classe e grupos nos quais elas se dividem.

As cargas perigosas são divididas em 9 grandes grupos que, por sua vez, se dividem em 15 subcategorias, de acordo com seu material.

 

1. Explosivos

O primeiro grande grupo trata de explosivos, que dizem respeito a produtos utilizados na fabricação de dinamite e granada, por exemplo. Além disso, têm capacidade de gerar muito gás e calor em uma transformação química.

Como podem causar diversos impactos, o risco de explosão é sinalizado no veículo transportador.

Alguns exemplos são azidas de chumbo, fulminato de mercúrio e nitroglicerina, que podem ser transportados em estado líquido ou gasoso.

Essa categoria é dividida em 6 subgrupos:

  • Artigos extremamente sensíveis, mas sem risco de explosão em massa;
  • Substâncias e artigos com risco de explosão em massa;
  • Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão em massa; além de
  • Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa;
  • Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo; e
  • Substâncias muito sensíveis, com risco de explosão em massa.

 

2. Gases

O segundo grupo trata de gases, abrangendo gases comprimidos, liquefeitos, dissolvidos e liquefeitos refrigerados.

Além disso, fazem parte as misturas de um ou mais gases com vapores de substâncias de outras classes, artigos carregados de gás e aerossóis.

Este grupo de carga perigosa também é dividido em subcategorias, sendo elas:

  • Gases inflamáveis: segundo a ONU, se classificam aqueles que a uma temperatura de 20ºC e à pressão atmosférica normal são inflamáveis em uma mistura de 13% com o ar. Assim, tendo como exemplos acetileno e amoníaco, entram em combustão ao se misturarem com o ar;
  • Gases não-inflamáveis e não-tóxicos: tendo como exemplos o gás hidrogênio e o monóxido de carbono, se enquadram nessa categoria gases que não entram em combustão naturalmente. Eles são considerados perigosos pois são asfixiantes ou oxidantes;
  • Gases tóxicos: gases que, supostamente ou comprovadamente, são corrosivos ou apresentam risco à saúde. Se enquadram nessa subcategoria, por exemplo, amônia, sulfeto de hidrogênio e cianeto de hidrogênio.

 

3. Líquidos inflamáveis

São líquidos com alta propensão a combustão, como acetileno, solvente, gasolina e benzeno.

Podemos definir como líquidos, ou misturas envolvendo líquidos, que possam gerar valor inflamável, em local fechado ou aberto, em determinadas condições de temperatura e pressão.

 

4. Sólidos inflamáveis

Na categoria dos sólidos inflamáveis se encontram substâncias que estão sujeitas à combustão espontânea ou emitem gases inflamáveis em contato com a água.

Inclusive, são essas características que os classificam em 3 subcategorias:

  • Sólidos inflamáveis: por exemplo, são magnésio metálico, liga de magnésio, celulóide e borneol. Essas substâncias funcionam como combustíveis e podem entrar em combustão devido ao atrito;
  • Substâncias sujeitas a combustão espontânea: são aquelas que podem inflamar durante o transporte, devido ao aquecimento espontâneo, ou em contato com o ar. Alguns exemplos são algodão não processado, carvão e pirita; e
  • Substâncias que emitem gases inflamáveis em contato com água: exemplos são o sódio metálico e o carbureto de cálcio. Conforme o nome sugere, elas produzem gases tóxicos ou inflamáveis se entrarem em contato com água.

 

5. Substâncias oxidantes e peróxidos

 O grupo 5 de carga perigosa se divide em duas subcategorias:

  • Substâncias oxidantes: são cargas termicamente instáveis, podendo causar ou potencializar uma combustão ao fornecer oxigênio. Alguns exemplos são peróxido de hidrogênio e permanganato de potássio;
  • Peróxidos oxidantes: substâncias termicamente instáveis, sensíveis a choque e que podem sofrer decomposição exotérmica. Elas podem causar irritação nas mucosas, olhos e pele nos humanos. Alguns exemplos são peróxido orgânico, de butila e de benzoíla.

 

6. Substâncias tóxicas e infectantes

O próximo grupo se divide em:

  • Substâncias tóxicas: são aquelas nocivas à saúde, podendo causar danos, lesões e até mesmo a morte em qualquer contato físico ou quantidade. Se encaixam nessa subcategoria atropina, ricina, sarin e tálio, por exemplo;
  • Substâncias infectantes: carregam alguma patologia infecciosa, sendo prejudiciais ao meio ambiente, animais ou humano. A substância mais comum é o lixo hospitalar.

7. Radioativos

As substâncias presentes no grupo 7 de carga perigosa são instáveis, uma vez que podem se alterar liberando energia sob forma de radiação. Alguns exemplos são urânio 235, césio 137 e cobalto 60.

Então, para a classificação desses materiais e alocação no número ONU, deve ser utilizado o Regulamento para o Transporte Seguro de Materiais Radioativos, da Comissão Nacional de Energia Nuclear.

 

8. Substâncias corrosivas

São aquelas que, sem a devida proteção, podem corroer materiais como tecidos vivos e até aço. Essas substâncias eliminam vapores tóxicos e envolvem bases e ácidos, por exemplo:

  • Hidróxido de sódio;
  • Hidróxido de potássio;
  • Ácido sulfúrico;
  • Ácido clorídrico; e
  • Ácido nítrico.

9. Substâncias e artigos perigosos diversos

No último grupo, temos cargas perigosas que não se encaixam nos grupos anteriores, mas que apresentam riscos durante seu transporte.

Alguns exemplos são óleos combustíveis, dióxido de carbono sólido e baterias de lítio.

 

Quais são os cuidados necessários para uma Carga Perigosa?

No Brasil, o transporte rodoviário de carga perigosa está submetido a algumas regras, uma vez que apresenta risco às pessoas e ao meio ambiente. O documento que discorre sobre este tema é a Resolução ANTT nº 5.947, de 1 de junho de 2021.

Para que o transporte ocorra em segurança e, para que haja o manuseio seguro da carga, é imprescindível que ocorram a identificação, o acondicionamento, a etiquetagem, o empacotamento e a documentação apropriados.

Cada substância irá requerer um manuseio diferente, a fim de que não ofereça riscos aos envolvidos. Por isso, é importante estar sempre atento às características da mercadoria em questão.

 

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Os operadores logísticos responsáveis pelo controle de cargas do comércio exterior precisam de sistemas atualizados, que atendam às grandes demandas e às mudanças que acontecem nas leis aduaneiras. Usar um software de setor portuário que esteja obsoleto pode ser um erro fatal, visto que, este é um mercado que demanda constante atualização e monitoramento.

Neste artigo, vamos levantar os principais sinais de que o seu software do setor está ultrapassado e que precisa ser atualizado para não interferir nas atividades operacionais. Além disso, vamos explicar o que é um sistema legado e outros tópicos bastante importantes.

Se você ficou interessado no assunto, continue aqui e acompanhe!

Software setor portuário: o que é um sistema legado?

Quando escutamos falar sobre a palavra “legado” é comum pensarmos que ela se trata somente de uma marca registrada positiva, que uma empresa, pessoa ou produto deixou na história. Porém, para o mercado de tecnologia não é dessa forma que funciona!

A tradução de “legado” para um software significa que o sistema está obsoleto, que não recebe atualizações necessárias e que não oferece benefício algum aos operadores logísticos, comprometendo o trabalho com qualidade e excelência.

Por isso, é extremamente importante que os gerentes estejam atentos no software do setor portuário e que busquem outra versão, caso o modelo utilizado não tenha mais as atualizações necessárias. Isto é um sinal de que ele não supre mais o que a organização precisa e encontra-se legado.

Por que migrar para outro software de setor portuário?

A migração do sistema legado para outro software de setor portuário é primordial, é necessário que se invista numa ferramenta que traga otimizações para os processos operacionais e que atenda às legislações mais recentes. A centralização de documentos, comunicação entre setores, gestão da operação e outros serviços fazem parte do cotidiano desse ambiente e precisam de uma ferramenta que agilize todas as tarefas.

Com um software obsoleto, que não entrega todas essas qualidades, certamente a organização que trabalha com comércio exterior terá uma queda em sua produtividade. Uma vez que, os funcionários precisarão deixar suas tarefas manuais para trabalhar em algo que o sistema poderia fazer de forma automatizada, além de diminuir a receita e também poder estar em não conformidade com a legislação vigente

Imagine que software do setor portuário não esteja mais conferindo as leis aduaneiras das cargas que chegam no Brasil. Fazer isto manualmente pode levar dias, já que a mão de obra humana não é tão rápida, além de aumentar a taxa de erros. 

Por isso, adotar um sistema é essencial para automatizar os processos operacionais, garantir a busca de informações mais rápida e segura, reduzir a burocracia, diminuir erros humanos em processos repetitivos. E é claro, além de muitos outros benefícios.

Como identificar que seu software de setor portuário precisa ser atualizado?

Mas, afinal, como identificar se o seu software de setor portuário precisa de atualização ou não? Um sistema legado pode alterar as operações dentro de um operador logístico e afetar na produtividade e desenvoltura da empresa.

Para auxiliar nesse processo, separamos aqui os 4 principais pontos que você deve prestar atenção na hora de verificar o seu sistema e interpretar se precisa de atualizações ou não.

1. Lentidão e funções antiquadas

Em primeiro lugar, é extremamente importante que você verifique se o sistema está lento e se possui falhas em suas funções. Caso isso aconteça, é preciso entrar em contato com a prestadora de serviços responsável pelo software e pedir uma revisão sobre o que está acontecendo.

2. Problemas na integração

Um dos principais benefícios que o software de setor portuário deve oferecer é a integração. Se o sistema não disponibilizar essa funcionalidade com qualidade, os processos operacionais serão prejudicados, pois você pode estar recebendo informações erradas, o que é um péssimo sinal.

A implementação de um sistema integrado garante confidencialidade, integridade e disponibilidade das informações, permitindo assim que as resoluções não sejam somente pontuais e que a tomada de decisão não seja prejudicada. 

Imagine que este software seja responsável pela comunicação da entrada e saída de mercadorias do estoque: se não houver uma boa integração entre setores, pode haver inconstância nas informações, erros no carregamento, entre muitos outros problemas, que podem trazer prejuízos operacionais.

3. Falta de recursos atuais

O setor portuário que recebe cargas de comércio exterior precisa de atualizações constantes, visto que a Receita Federal do Brasil (RFB) e outros órgãos anuentes sempre implementam novas normas e precisam que os recintos e outros operadores estejam de acordo com essas mudanças.

Um software em conformidade com as normas, que atualize tudo sobre as leis aduanas, é primordial para que as mercadorias circulem e fiquem armazenadas em território nacional legalmente. Sem isso, pode ocorrer da empresa, por exemplo, liberar a carga sem averiguar uma documentação importante.

Além disso, a falta de recursos móveis integrados, como o uso do sistema em computadores e smartphones, limita a usabilidade do software e mostra que o operador  não está atualizado com as novas tecnologias.

4. Reclamações

Por fim, para que você, responsável pela otimização de operações, perceba que o software está desatualizado, é fundamental acompanhar as opiniões dos consumidores e avaliar se o número de reclamações é crescente.

Quanto maior for a ocorrência de reclamações, mais você deve prestar atenção em relação ao seu sistema. Mesmo que críticas aconteçam em qualquer lugar, quando ela ocorre frequentemente, a empresa precisa prestar atenção e escutar o que o consumidor está falando. 

Essa é uma maneira de entender que o software do setor portuário está obsoleto e que você precisa migrar para outra prestadora de serviços.

Dica bônus!

Para você que chegou até aqui, temos uma dica extra para acabar com o sistema desatualizado: contar com as soluções da Loginfo!

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