Como aprimorar a gestão logística da sua importação

Você sabe como é classificada e subdividida uma carga perigosa no território brasileiro? Sabe quais cuidados devem ser tomados ao fazer o seu transporte?

Esse é um tema que comumente traz muitas dúvidas aos profissionais de comércio exterior, pois se trata de um tema delicado e que pode trazer consequências seríssimas.

Por isso, viemos esclarecer algumas questões sobre isso neste texto.

Iremos abordar o que é uma carga perigosa, como saber se ela pode ser classificada dessa forma e quais são seus grupos e subcategorias.

 

O que é uma Carga Perigosa?

Primeiramente, antes de vermos quais são as classes de carga perigosa, é importante entender o que ela é.

Cargas perigosas são todas que, por serem explosivas, corrosivas, inflamáveis ou radioativas, possam apresentar riscos aos trabalhadores, às instalações e ao meio ambiente em geral.

Sendo assim, toda carga que coloque em risco a saúde e a segurança da população ou do meio ambiente é perigosa.

 

Como identificar uma Carga Perigosa?

O meio mais assertivo de identificar se uma carga é perigosa ou não certamente é por meio de um documento que ela carrega, emitido pelo fabricante.

Se o fabricante da mercadoria for estrangeiro, essa informação será encontrada no MSDS (Material Safety Data Sheet), bem como no documento no qual constam todas as informações sobre a carga.

Contudo, no Brasil, o documento utilizado é a FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos). Essa ficha é similar ao MSDS, mas é escrita em português.

Assim, em ambos os documentos, no campo 14 você encontrará a “informação de transporte”, o local que explica as necessidades que a carga possui.

Neste campo, pode conter um UN number (número ONU). Se trata do código de classificação internacional da Organização das Nações Unidas para carga perigosa.

Sendo assim, se no MSDS ou na FISPQ contiver o UN number, você lidará com uma carga perigosa.

 

Quais são as classes de Carga Perigosa?

Agora já sabemos o que é uma carga perigosa e como descobrir se uma determinada mercadoria se encaixa nessa categoria. Em seguida veremos quais são as classe e grupos nos quais elas se dividem.

As cargas perigosas são divididas em 9 grandes grupos que, por sua vez, se dividem em 15 subcategorias, de acordo com seu material.

 

1. Explosivos

O primeiro grande grupo trata de explosivos, que dizem respeito a produtos utilizados na fabricação de dinamite e granada, por exemplo. Além disso, têm capacidade de gerar muito gás e calor em uma transformação química.

Como podem causar diversos impactos, o risco de explosão é sinalizado no veículo transportador.

Alguns exemplos são azidas de chumbo, fulminato de mercúrio e nitroglicerina, que podem ser transportados em estado líquido ou gasoso.

Essa categoria é dividida em 6 subgrupos:

  • Artigos extremamente sensíveis, mas sem risco de explosão em massa;
  • Substâncias e artigos com risco de explosão em massa;
  • Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão em massa; além de
  • Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa;
  • Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo; e
  • Substâncias muito sensíveis, com risco de explosão em massa.

 

2. Gases

O segundo grupo trata de gases, abrangendo gases comprimidos, liquefeitos, dissolvidos e liquefeitos refrigerados.

Além disso, fazem parte as misturas de um ou mais gases com vapores de substâncias de outras classes, artigos carregados de gás e aerossóis.

Este grupo de carga perigosa também é dividido em subcategorias, sendo elas:

  • Gases inflamáveis: segundo a ONU, se classificam aqueles que a uma temperatura de 20ºC e à pressão atmosférica normal são inflamáveis em uma mistura de 13% com o ar. Assim, tendo como exemplos acetileno e amoníaco, entram em combustão ao se misturarem com o ar;
  • Gases não-inflamáveis e não-tóxicos: tendo como exemplos o gás hidrogênio e o monóxido de carbono, se enquadram nessa categoria gases que não entram em combustão naturalmente. Eles são considerados perigosos pois são asfixiantes ou oxidantes;
  • Gases tóxicos: gases que, supostamente ou comprovadamente, são corrosivos ou apresentam risco à saúde. Se enquadram nessa subcategoria, por exemplo, amônia, sulfeto de hidrogênio e cianeto de hidrogênio.

 

3. Líquidos inflamáveis

São líquidos com alta propensão a combustão, como acetileno, solvente, gasolina e benzeno.

Podemos definir como líquidos, ou misturas envolvendo líquidos, que possam gerar valor inflamável, em local fechado ou aberto, em determinadas condições de temperatura e pressão.

 

4. Sólidos inflamáveis

Na categoria dos sólidos inflamáveis se encontram substâncias que estão sujeitas à combustão espontânea ou emitem gases inflamáveis em contato com a água.

Inclusive, são essas características que os classificam em 3 subcategorias:

  • Sólidos inflamáveis: por exemplo, são magnésio metálico, liga de magnésio, celulóide e borneol. Essas substâncias funcionam como combustíveis e podem entrar em combustão devido ao atrito;
  • Substâncias sujeitas a combustão espontânea: são aquelas que podem inflamar durante o transporte, devido ao aquecimento espontâneo, ou em contato com o ar. Alguns exemplos são algodão não processado, carvão e pirita; e
  • Substâncias que emitem gases inflamáveis em contato com água: exemplos são o sódio metálico e o carbureto de cálcio. Conforme o nome sugere, elas produzem gases tóxicos ou inflamáveis se entrarem em contato com água.

 

5. Substâncias oxidantes e peróxidos

 O grupo 5 de carga perigosa se divide em duas subcategorias:

  • Substâncias oxidantes: são cargas termicamente instáveis, podendo causar ou potencializar uma combustão ao fornecer oxigênio. Alguns exemplos são peróxido de hidrogênio e permanganato de potássio;
  • Peróxidos oxidantes: substâncias termicamente instáveis, sensíveis a choque e que podem sofrer decomposição exotérmica. Elas podem causar irritação nas mucosas, olhos e pele nos humanos. Alguns exemplos são peróxido orgânico, de butila e de benzoíla.

 

6. Substâncias tóxicas e infectantes

O próximo grupo se divide em:

  • Substâncias tóxicas: são aquelas nocivas à saúde, podendo causar danos, lesões e até mesmo a morte em qualquer contato físico ou quantidade. Se encaixam nessa subcategoria atropina, ricina, sarin e tálio, por exemplo;
  • Substâncias infectantes: carregam alguma patologia infecciosa, sendo prejudiciais ao meio ambiente, animais ou humano. A substância mais comum é o lixo hospitalar.

7. Radioativos

As substâncias presentes no grupo 7 de carga perigosa são instáveis, uma vez que podem se alterar liberando energia sob forma de radiação. Alguns exemplos são urânio 235, césio 137 e cobalto 60.

Então, para a classificação desses materiais e alocação no número ONU, deve ser utilizado o Regulamento para o Transporte Seguro de Materiais Radioativos, da Comissão Nacional de Energia Nuclear.

 

8. Substâncias corrosivas

São aquelas que, sem a devida proteção, podem corroer materiais como tecidos vivos e até aço. Essas substâncias eliminam vapores tóxicos e envolvem bases e ácidos, por exemplo:

  • Hidróxido de sódio;
  • Hidróxido de potássio;
  • Ácido sulfúrico;
  • Ácido clorídrico; e
  • Ácido nítrico.

9. Substâncias e artigos perigosos diversos

No último grupo, temos cargas perigosas que não se encaixam nos grupos anteriores, mas que apresentam riscos durante seu transporte.

Alguns exemplos são óleos combustíveis, dióxido de carbono sólido e baterias de lítio.

 

Quais são os cuidados necessários para uma Carga Perigosa?

No Brasil, o transporte rodoviário de carga perigosa está submetido a algumas regras, uma vez que apresenta risco às pessoas e ao meio ambiente. O documento que discorre sobre este tema é a Resolução ANTT nº 5.947, de 1 de junho de 2021.

Para que o transporte ocorra em segurança e, para que haja o manuseio seguro da carga, é imprescindível que ocorram a identificação, o acondicionamento, a etiquetagem, o empacotamento e a documentação apropriados.

Cada substância irá requerer um manuseio diferente, a fim de que não ofereça riscos aos envolvidos. Por isso, é importante estar sempre atento às características da mercadoria em questão.

 

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Quanto mais atualizadas as empresas estiverem, mais competitivas elas se tornam no mercado. Os negócios que apostam em constantes otimizações são vistas com “bons olhos” e ganham destaque sobre as outras. A atualização da vez, que é imprescindível para os dias de hoje, é a gestão logística.

A parte operacional de uma empresa é uma das mais importantes, já que ela é responsável pelo desenvolvimento completo do produto/serviço. Sem uma gestão de qualidade da cadeia de suprimentos alguns problemas podem acontecer, como erro de repasse de informações, falta de mercadorias no estoque, entre outros.

Com base nos problemas que acontecem pela falta de uma gestão logística, as empresas estão investindo em profissionais e até mesmo sistemas que ajudem nessa melhoria. 

Por isso, neste artigo vamos mostrar tudo sobre como fazer o gerenciamento da cadeia de suprimentos e muito mais! Continue aqui e acompanhe.

Qual a importância da gestão logística?

Evitar retrabalhos, agilizar os fluxos internos, não ter erros com documentações. As empresas buscam acabar com esses e muitos outros problemas que atingem a produção cotidiana.

Mas não pense que isso é simples de ajustar! Organizar e gerenciar todos os setores é uma tarefa bastante complexa. Para que uma mercadoria seja verificada e entregue para o consumidor é necessário passar por várias etapas na cadeia de suprimentos, a fim de que o produto circule em território nacional com todas as normas de segurança e integridade.

Uma empresa sem integração, sem sistemas atualizados e sem colaboradores bem capacitados tem problemas constantes com a produção. 

Por isso, é importantíssimo nos dias de hoje, com a alta competitividade do mercado, deixar o negócio cada vez mais otimizado. Com a gestão logística é possível reduzir retrabalhos e custos operacionais, além de maximizar a produção que acontece dentro da empresa.

Estoque cheio de mercadorias desnecessárias? Não mais! Os sistemas verificam a quantidade de produtos que estão no armazém, além de avisar quando é necessário reabastecer ou dar vazão ao que está armazenado. Outros problemas também são resolvidos.

Dicas para melhorar a gestão logística da sua importação

Para empresas que trabalham com comércio exterior, a gestão logística é ainda mais importante, visto que as etapas de verificação e liberação são bastante burocráticas e envolvem alguns orgãos anuentes e principalmente a Receita Federal Brasileira (RFB).

Por isso, separamos aqui dicas fundamentais que irão ajudar a melhorar a gestão logística de seu negócio que trabalha especialmente com importação. Veja:

Conheça o fornecedor

A parte operacional de uma empresa não depende somente dos setores internos. É preciso se relacionar com fornecedores, que são responsáveis pela entrega de matérias-primas, produtos completos ou outros serviços essenciais para a importação.

Como essa é uma área essencial para o negócio, é muito importante que bons fornecedores sejam escolhidos. Procure referências na internet, busque saber da qualidade do que é comercializado por eles e sempre faça um histórico com as entregas.

Conte com um bom agente de carga

No comércio exterior, é importante ter um agente de carga que entenda sobre importação e exportação. Além de gerir toda a parte operacional do transporte, ele também fica responsável por verificar se as documentações e outros processos estão em dia.

Já imaginou uma mercadoria ser transportada sem estar de acordo com a legislação aduaneira? Sim, isto pode ocorrer na relação entre os setores. Por isso é importante ter um agente de cargas que entenda sobre esses ofícios e sobre o tipo de mercadoria que você precisa.

Tenha um eficiente controle de estoque

A gestão logística precisa dar uma atenção especial para o controle de estoque. Essa é uma das partes mais importantes do comércio exterior, pois é o local onde as mercadorias ficam armazenadas, são organizadas e logo depois despachadas.

Se não for bem administrada, o produto pode ficar perdido entre outras encomendas ou sair do estoque no período errado. É preciso registrar cada movimentação, inclusive a localização da mercadoria no espaço.

Utilize dados para fazer previsões

É fundamental apostar em estratégias logísticas dentro do porto e analisar outros projetos, que já foram usados naquele espaço ou em outro lugar, para otimizar o fluxo da cadeia de suprimentos. 

Os agentes responsáveis por cada setor não podem fazer previsões sobre o que é bom para a gestão logística sem dados. É preciso ter embasamento, comprovação baseado em KPI’s para colocar qualquer estratégia de organização e otimização em prática.

Aposte em logística integrada

Quando se trata de comércio exterior, é extremamente importante manter todos os setores da zona portuária integrados. Com isso, torna-se mais fácil acompanhar o que acontece em cada área e agilizar a cadeia de suprimentos.

Além disso, a logística integrada também facilita em relação aos documentos. É possível armazená-los em um único sistema, em que todos têm acesso, e assim facilitar a distribuição de documentos importantes, que antes ficavam parados.

Invista em um software de gestão logística

Embora a gestão logística já esteja em um processo de avanço nos últimos anos, como vemos nos maiores portos do mundo, é importante que as empresas brasileiras que trabalham principalmente com comércio exterior invistam em um software específico.

Com a solução de Gestão Aduaneira da Loginfo, as áreas alfandegárias passam a ser totalmente integradas, mesmo com um sistema modularizado. 

Além disso, a plataforma dá mobilidade aos agentes, já que pode ser acessada por meio de qualquer dispositivo, seja smartphone, tablet ou computador, e oferece também a opção de comunicação entre todos os setores. 

Por isso, aproveite para otimizar o processo de importação em que é responsável, conheça mais sobre a Loginfo e suas soluções!

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