Cabotagem: como funciona nos portos brasileiros?

Como funciona a cabotagem nos portos brasileiros? 

Apresentamos neste artigo um conteúdo específico para você que certamente vibrou com a Lei BR do Mar, mas continua duvidando do alto potencial da cabotagem. 

É muito provável que você já tenha lido sobre os conceitos de uma boa infraestrutura logística. Afinal, este é um ponto crítico que viabiliza resultados positivos no desempenho do comércio como um todo. 

Tratando-se de Comércio Exterior, existem muitas mais variáveis a serem consideradas. Sobretudo a segurança aliada à agilidade do transporte responsável por fretar as mercadorias negociadas é de extrema importância. 

Mas como isso está relacionado à cabotagem e por que este transporte não é tão popular? 

Bateu a curiosidade? Então embarque agora mesmo nessa leitura. 

O que é cabotagem? 

De um modo geral o transporte aquaviário feito entre portos se chama cabotagem. Essa atividade pode ser definida pela navegação costeira entre portos que pertencem a um mesmo país. 

Na prática esta não é uma alternativa de transporte exclusiva para a costa marítima, pois também pode ser uma opção para rios e lagos. 

A seguir abordaremos os aspectos práticos sobre a cabotagem, bem como a importância dessa atividade para o contexto econômico brasileiro. 

Acompanhe! 

Por que a cabotagem é importante? 

A navegação de cabotagem pode ser considerada uma excelente estratégia para a logística integrada brasileira, uma vez que a capacidade de carregamento de um navio é superior à de um caminhão. Portanto, ao enviar grandes volumes em um único frete existe a real possibilidade de otimizar custos. 

Além disso, optar pela cabotagem faz reduzir a rodagem de caminhões nas estradas brasileiras. Desta forma, haverá também menor incidência de roubo de cargas e, consequentemente, menos violência nas estradas. 

Qual o cenário da cabotagem no Brasil? 

Desde a expansão econômica brasileira de 1850 houve um notável impulso da navegação e com isso a cabotagem ganhou força para conectar os estados. Na época, o destaque eram cursos entre os portos de Rio Grande, Santos, Rio de Janeiro e Salvador. 

Entretanto, após a inauguração da primeira ferrovia que integrava os maiores cafezais do país ao porto do Rio de Janeiro, a cabotagem deixou de ser prioridade para dar vez ao modal rodoviário, e assim segue até os dias de hoje. 

A triste realidade é que, sob o aspecto da qualidade de infraestrutura rodoviária e eficiência portuária, o Brasil é avaliado de forma negativa ocupando a 78º posição no ranking da pesquisa Global Competitiveness Index (GCI) – pesquisa que busca avaliar o nível de competitividade de 140 economias globais.  

BR do Mar 

Na tentativa de equilibrar a matriz de transporte de cargas do país e diminuir o excesso de caminhões nas estradas, em janeiro deste ano uma nova lei foi sancionada com o objetivo de instituir o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem, popularmente conhecido como BR do Mar. 

O principal foco do programa é a liberação da atividade de cabotagem para navios estrangeiros em águas brasileiras. Especialmente porque atualmente o serviço de cabotagem conta com pouca oferta. 

As empresas que se interessarem pela atividade necessitam cumprir alguns critérios de elegibilidade a serem avaliados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Afinal, uma das diretrizes do Programa é ampliar a oferta do serviço sem deixar de lado a melhoria em relação à qualidade do transporte por cabotagem. 

E fato é que já foi possível observar um aumento de carregamentos por meio da cabotagem. Conforme dados publicados no Painel do Estatístico Aquaviário da ANTAQ, o volume transportado entre janeiro e maio deste ano foi de 1,5 milhão de TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit), o que representa um crescimento de 19,8% no comparativo com o mesmo período de 2021. 

Para saber mais sobre todos os aspectos legais do Programa BR do Mar, clique aqui e consulte a Lei nº 14.301/2022

Quais são as vantagens da cabotagem? 

O Brasil conta com aproximadamente 7.400 quilômetros de costa marítima, porém a cabotagem ainda não é muito explorada. 

É importante conhecer as vantagens deste modal para que você compreenda de que forma poderá se beneficiar ao optar por esse tipo de frete. Afinal, são muitas as vantagens da cabotagem, mas aqui neste texto focaremos nas mais perceptíveis ao processo logístico como um todo. 

Dentre as principais vantagens deste modal podemos citar a redução de impactos ambientais, a alta capacidade de transporte e a redução de custos logísticos. 

Redução de impactos ambientais 

A cabotagem utiliza as vias navegáveis e, portanto, reduz a emissão de gases poluentes na atmosfera. 

Desse modo, é impossível falar de cabotagem sem falar em menores níveis de poluição. Afinal, estima-se que o impacto ambiental da cabotagem é muito menos nocivo ao meio ambiente do que o modal rodoviário ou ferroviário. 

Alta capacidade de transporte 

Enquanto um caminhão trucado consegue carregar no máximo 14 toneladas, uma embarcação é capaz de carregar muitos contêineres de 28 toneladas. Justamente por isso que a cabotagem é o meio mais indicado para transportar grandes carregamentos. 

Nesse sentido, vale informar que, usualmente, as empresas de serviços logísticos trabalham com volume mínimo de um contêiner de 20 pés, ou seja, 28 toneladas. 

Obviamente, é preciso contar com uma análise técnica para avaliar se o perfil da sua carga é ideal para este transporte, na dúvida, contate uma empresa especializada. 

Redução de custos 

Ao focar na cabotagem, a primeira vantagem percebida é a redução do transporte por caminhões no quesito trajeto. Isso automaticamente implica na redução do custo logístico por diminuir despesas relacionadas a pedágio, avarias e roubos de cargas. 

Além disso, existe uma alta eficiência energética envolvida no transporte por cabotagem e, segundo especialistas, o gasto com combustível pode ser até oito vezes menor se comparado a outros modais. 

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